domingo, 10 de junho de 2012

Ela mostrava a todos ter uma força, como se existisse uma barreira que a protegesse de qualquer dano que poderia ser causado a sua pessoa. Mostrava a todos ter um coração duro, como se amasse somente a si própria e a ninguém mais. Na verdade, ela era pessoa mais sensível que alguém já conhecera, qualquer coisa a feria de uma forma inegualável. O seu interiror gritava por ajuda, ela silenciava na noite e ali podia lamuriar-se o quanto quisesse, ninguém nunca veria o quanto ela podia sofrer. E ela sofria sim! Sorrisos, para ela, era uma forma de manter-se equilibrada no seu dia a dia, já que seus sentimentos estavam destruídos e despedaçados. Manter-se forte, para qualquer um, é só um escudo para qualquer mal que possa o afetar. E ela era assim. Gostar de alguém era como um sacrifício, já que ela não queria ferir-se. Mas sempre acabava acontecendo: alguém chegava na sua vida, a conquistava com palavras carinhosas, ela ia abrindo espaço e confiando. Aí vinha a dor! A despedaçavam por dentro. Ela queria manter aquela força e aquele escudo que a protegiam. O que acontecia, era que nada daquilo existia. Acabavam por destruí-la, e com ela, cada vez um pouco mais da sua força.

terça-feira, 5 de junho de 2012

a verdade da suposição

Supunha entender o que ele vinha me falando já há algum tempo. Acho que por besteira minha, acreditei ser verdade o que eu areditava ter entendido. Não sei, de alguma forma o que ele dissera ficou em meus pensamentos. Sabia que se eu viajasse para bem longe por algum tempo, aquilo se apagaria da minha memória, ou quiçá ficaria no meu mais subconsiente. A lembrança da imagem dele se esvairia com o vento que sopraria em um novo mundo. Pensaria se ele estaria bem, mas não caberia ficar perdendo tempo. Talvez, numa tarde fria voltaria a supor o que eu entendera quando ele me dissera aquelas palavras que no momento ainda acredito serem verdadiras.